Relembrando um quadro de um programa que há muito não assisto, me pergunto:
Por onde anda FHC?
O falado e falho príncipe, que nos deu a honra de tê-lo no humilde cargo de presidente da república, tomou chá de sumiço, e há tempos não ouço os brilhantes comentários com os quais ele nos presenteia sempre que o assunto é o governo atual.
Ah, que saudades eu sinto de tão fulgurante figura!
Se quer consigo dormir me lembrando do esplendoroso legado que o criador do plano real nos deixou.
Minhas contas de telefone jamais me deixarão esquecer o quanto a privatização era importante para o desenvolvimento do nosso país.
Me pergunto todos os dias, o destino das vultuosas quantias pelas quais foram vendidas as companhias telefônicas brasileiras.
É claro que não é difícil imaginar, pois se os deputados receberam mensalão pra votar as insosas medidas de Lula, o que não terá custado a malfadada emenda da reeleição.
Dou pulinhos de alegria quando me lembro do emendão.
E os estudiosos de direito administrativo eternamente serão gratos pela contribuição inenarrável que ele trouxe.
Quanta, quanta, gratidão!
E na comemoração dos 15 anos do plano real reparei, ninguém mais se lembra quem foi que o fez.
Aliás, não creio que muitas pessoas se ocupem ainda do nosso sociólogo presidente, que esqueceu que era sociólogo e foi apenas presidente, tendo instituído o poder moderador se a oportunidade lhe houvesse aparecido.
Se quer os tucanos usam o nome dele mais, pois não querem correr o risco de perder os votos que ainda não lhes escaparam entre os dedos, ao denunciar que foram comparsas do neo-liberalismo, que cada dia prova com mais força que só serve para quem o fez.
Pobre príncipe-sociólogo-presidente! Nem tu escapaste de virar sapo?
Serás agora devorado pelos tucanos impiedosos?
Irão eles atirar pedras naquele que por tanto tempo lhes alimentou?
Ingratos!
Mas nós administrativistas jamais te esqueceremos.
Serás eternamente lembrado como aquele que jogou a constituição no chão e pisou em cima.
Ainda estamos remendando os retalhos!